20 de jun. de 2008

Federal em Blumenau


Três equipes da PF estiveram em Blumenau na manhã de sexta-feira. Os policiais federais vieram cumprir mandados de busca e apreensão em dois endereços. Em uma agência de publicidade e propaganda na Rua Marechal Teodoro, no bairro da velha onde detiveram a responsável pelo financeiro do estabelecimento e também no edifício Califórnia Center, na Rua Amadeu da Luz. De lá os policias recolheram vários documentos como no escritório do advogado Marcelo Moreira. Agora será investigada a ligação do advogado com uma empresa que exporta agulhas, situada no bairro Itoupava Seca.
Em Gaspar teve decretada a prisão temporária de Carlos Wanzuit, empresário ligado com a exportação de soja. As sacolas com os documentos recolhidos nas cidades de Blumenau e Gaspar foram levadas até a sede da polícia federal em Florianópolis, junto com o material e os presos de outros municípios do estado de Santa Catarina.
O trabalho faz parte da operação batizada de Influenza, que teve 54 mandados de busca e apreensão. A investigação da federal desarticulou uma organização criminosa em Santa Catarina. Envolveu 252 policiais federais e 33 auditores fiscais da receita federal.
Durante a transcorrer das investigações foram verificadas condutas praticadas contra a administração pública, a ordem tributária, o sistema financeiro, além de estelionato, quadrilha, falsidade ideológica, bem como de ilícitos tipificados na lei de lavagem de ativos, ou seja lavagem de dinheiro praticada em uma organização, ramificada nos municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Blumenau, São Francisco do Sul, Florianópolis e ainda nos estados Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, bem como na Argentina, Holanda, UK, Malta, Itália, Noruega, Bermudas, França, Singapura, entre outros.
A organização internava divisas, de forma ilegal, realizava operações cambiais ilegais, como dólar a cabo, ocultava bens, rendas e movimentações financeiras, com o emprego de interpostas pessoas, conhecidas por “laranjas”, além de operações comerciais simuladas, com uso de documentos ideologicamente falsos e fraudes a licitações.
Ainda há a acusação de corromper servidores públicos de todas as esferas e níveis com o pagamento de propina, para alcançar seus objetivos nos portos de são Francisco do Sul e de Itajaí.

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