22 de mai. de 2008

Arma apreendida e comunidade com medo

Um ex-presidiário algemado dentro de uma viatura. Do lado de fora policias com armas em punho e moradores curiosos. Crianças interrompiam a brincadeira para acompanhar de perto o que ocorria na altura do número 700 da Rua Pedro Kraus Sênior. A manhã, do feriado de Corpus Christi, já chegava ao final. Por volta das 11h00, policiais contam que receberam o comunicado que um suspeito estaria em um carro e com cerca de 30 pedras de crack. Ao avistar o ex-presidiário, Fabrício Ponciano, em um Omega escuro, eles param o veículo. O jovem de 27 anos coloca a mão na cabeça e sai lentamente. Enquanto ele era revistado, um revólver calibre 38 carregado com munições no tambor é encontrado dentro do carro. Já as tais pedras de crack não são localizadas. Algemado, Fabrício conta que obteve a arma após pagar R$500,00 para uma prostituta em Itajaí. O motivo seria a defesa própria.
A mãe do rapaz de 27 anos, dona Teresinha da Silva, avista o carro da reportagem e pede a uma menina que suba rapidamente as escadas e busque um boletim de ocorrência. Quando retorna a menina entrega várias fotos onde o vidro traseiro do Omega estava estilhaçado. Dona Teresinha desabafa e diz que o filho foi vítima de uma tentativa de homicídio. Com lágrimas no rosto ela concede uma entrevista e revela estar com medo de que algo pior aconteça.
Vizinhos mostram no muro e no portão de alumínio as marcas de dois disparos feitos no meio da rua. Os policiais militares questionam alguns moradores para saber o autor dos tiros, todos se calam. Alguns moradores pedem justiça. Dona Clementina diz não agüentar mais tamanha insegurança e clama para que algo seja feito.
No banco traseiro da viatura Fabrício mantém o silêncio e não revela a identidade do possível autor dos disparos.

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